“Sim, é um espaço pequeno e não está fora do nosso horizonte criar uma outra nave, porque já se justifica.
O espaço é razoável, franco, ótimo para este tipo de eventos mas estamos a ponderar seriamente aumentar o espaço coberto.
Temos notado um maior interesse por parte de expositores internacionais e posso dizer que, no último evento que visitei deste género, encontrei uma série deles (expositores) a perguntar quando se iria realizar a feira e quando se poderiam inscrever. Há, de facto, uma grande afluência de expositores espanhóis.”
O investimento do município para esta 22ª edição anda na ordem dos 80 mil euros, menos 20 mil que na edição anterior.
Uma aposta com retorno económico, considera ainda o presidente.
“É um investimento que traz retorno, não só imediato mas também durante todo o ano.
Estamos a falar de um periodo de caça que se estende por todo o inverno.
É um evento icónico, um dos maiores no âmbito cinegético no país e traz muitos visitantes forasteiros. É também um atrativo económico a nível distrital porque mexe com os outros concelhos pois nós sozinhos não temos capacidade de alojamento para tanta gente.
Também aqui se fazem muitos negócios e se vende muito. Por isso, nesta época do ano, é, de facto, uma feira de referência.”
Uma feira diversificada que pretende chegar a públicos de todas as idades.
“Temos muita gente que nos chega ao concelho porque vêm especificamente para o evento. É uma feira diversificada e que, além da caça, tem um todo envolvente que atrai um público específico para determinados eventos que são paralelos.
Há um infinito de alternativas a atividade que atraem todo o tipo de público que vai dos 0 aos 120 anos.”
Além das provas de renome que voltam a ser parte do cartaz, como a Prova de Santo Huberto e a IX Copa Ibérica de Cetraria, também as montarias ao javali estão em destaque nesta edição, para as quais são esperados cerca de 600 monteiros, vindos maioritariamente de outros pontos do país.
Um género de caça que está em crescendo em relação à caça menor que tem vindo a diminuir cada vez mais, considera Artur Cordeiro, Presidente da Associação de Caçadores da 1º Região Cinegética.
“Neste momento a caça maior está em progresso e está a ganhar, não só adeptos mas também consciência e processos.
Não sei se daqui a 10 anos poderei dizer o mesmo, pois há uma década atrás também dizia que estávamos no pico da caça menor e não estamos. As razões várias e vão desde o clima, ao ambiente e à cultura.”
E para o presidente associativo, estes são eventos importantes para motivar mais pessoas para a prática da caça, mas poderia ser melhor se houvesse um maior entendimento entre as diversas associação e federações, confessa.
“Nós procuramos estas envolventes fora da feira.
Não há muitas feiras que se atrevam a fazer o que nesta se faz fora do recinto restrito da mesma.
Talvez o que não esteja a ser feito mas que deveria ser é um melhor entrosamento das várias organizações do setor da caça, desde federações à confederação. Essa é a única falha que vejo.
Acho que todos ganhávamos se nos ouvíssemos uns aos outros. Às vezes essas organizações são chamadas e estão juntas em eventos, mas acho que isso não chega e era algo essencial.
Talvez seja um bom tema para uma outra edição da feira.”
A XXII Feira da Caça e do Turismo e XXIV Festa dos Caçadores do Norte acontece de 25 a 28 de janeiro, juntando o melhor da caça, turismo, desporto e gastronomia do Nordeste Transmontano no Parque Municipal de Exposições e em vários outros pontos do concelho de Macedo.
O certame foi apresentado aos transmontanos esta quarta-feira no Centro Cultural de Macedo de Cavaleiros e a semana passada na cidade do Porto.
Escrito por ONDA LIVRE
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