quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Demissões na Santa Casa de Mirandela provocam mesmo eleições antecipadas

Está confirmado um dos cenários avançados na semana passada. A demissão de três membros da Santa Casa da Misericórdia de Mirandela vai provocar a realização de eleições antecipadas ainda antes do final deste ano.
Um dos membros suplentes não aceitou integrar o lugar de efectivo na Mesa Administrativa, pelo que, rezam os estatutos da instituição, têm, obrigatoriamente, de ser dissolvidos os órgãos da Santa Casa e despoletado um novo processo eleitoral.

A notícia é confirmada pelo próprio Provedor, Adérito Gomes, que vai recandidatar-se ao cargo.

A hipótese da queda dos órgãos sociais da Santa Casa da Misericórdia de Mirandela colocou-se na semana passada, quando três, dos sete membros da Mesa Administrativa, entregaram cartas de demissão, ao presidente da Assembleia-Geral.

Maria Gentil Vaz, Luís Maia e Eugénio Teixeira não quiseram prestar declarações, por enquanto, sobre as razões desta decisão, alegando que o assunto não será tornado público, enquanto o presidente da Assembleia-Geral (José Baltasar Aguiar) não tivesse conhecimento do teor das cartas, dado que se encontrava ausente no estrangeiro.

Confrontado com esta situação, o Provedor da SCMM, Adérito Gomes, confessa que foi “apanhado de surpresa com as demissões”.

Posteriormente ao conhecimento das três demissões, o Provedor contactou os três membros suplentes, igualmente eleitos, em Dezembro de 2014, com o intuito de virem a assumir funções, como efectivos, até ao final do mandato, ou seja, até Dezembro de 2018.

Como um deles não aceitou assumir funções, é o suficiente para a Mesa Administrativa não cumprir os preceitos legais previstos nos estatutos e com isso motivar a queda dos órgãos sociais e a consequente marcação de eleições antecipadas.

Uma situação que deixa Adérito Gomes desiludido, alegando que vai “causar enorme instabilidade na instituição”, em véspera de assinalar uma data marcante para a Santa Casa da Misericórdia de Mirandela: os 500 anos de existência.

Entretanto, fica a certeza que Adérito Gomes vai recandidatar-se ao cargo de Provedor nas eleições antecipadas que devem acontecer ainda antes do final deste ano.

Resta aguardar pela marcação das eleições antecipadas e saber se haverá listas adversárias para concorrer com o actual Provedor.

A instituição particular de solidariedade social serve mais de 1200 utentes, nas suas diversas valências para crianças e idosos e emprega mais de 350 pessoas. 

Escrito por rádio Terra Quente (CIR)

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