sexta-feira, 22 de setembro de 2017

IPB com mais 36 por cento de novos alunos foi a instituição que mais cresceu em Portugal (com vídeo)

O Instituto Politécnico de Bragança volta a colocar a região no topo das páginas dos jornais graças a mais um feito. Foi a instituição de ensino superior de Portugal que mais cresceu em termos de novos alunos na primeira fase de acesso. A expectativa é que o número total de estudantes se aproxime, pela primeira vez, dos oito mil, o que seria um marco histórico para o Nordeste Transmontano e para a economia de toda a região.
Face ao ano passado, entraram este ano mais 36 por cento dos alunos só nas licenciaturas, ou seja, são 711 novos alunos que foram colocados no IPB, contra os 523 que entraram no ano passado. Em 2015 tinham sido 598.

“E a instituição que registou a maior subida no número de colocados na 1ª fase, face a 2016, foi o Instituto de Bragança, “o mais longe possível de Lisboa”, sublinhou Manuel Heitor, Ministro do Ensino Superior, em declarações ao Expresso. “O ensino politécnico melhorou muito, sobretudo com os estímulos dados para a investigação e pela diversificação de opções, muito relacionadas com os mercados de trabalho e as dinâmicas locais”, disse o governante.

Surpresa pela positiva

Para o presidente do IPB, Sobrinho Teixeira, “os números surpreenderam pela positiva”. “Crescer 36 por cento de 2016 para 2017 foi muito bom. Até o próprio ministro anunciou que o IPB foi a instituição que mais cresceu”, enalteceu.

De acordo com o presidente do Instituto, “este crescimento baseia-se em três pilares. Um deles é muito importante, que é a avaliação do IPB nos rankings internacionais. Não têm a ver com estigmas que se possam criar a nível nacional mas são avaliações que têm a ver com factos concretos e entidades que estão habituadas a avaliar instituições em todo o mundo e esta recorrência de diversos rankings tem tido o seu retorno. Passa pela captura de alunos internacionais, que procuram verificar essa qualidade, mas a mensagem também está a passar a nível nacional”, explica.
“Outro dos pilares é a qualidade de vida da região e a segurança. A cidade tem respondido, as nossas forças de segurança têm sido inexcedíveis.

O terceiro pilar, que eu espero que continue, é a oferta de alojamento. Que seja uma oferta com qualidade, a um preço justo. Podíamos cobrar propinas mais altas mas optamos por não o fazer no âmbito de uma estratégia para a região”, aponta Sobrinho Teixeira, que vê “isto como uma missão para o desenvolvimento da própria região”.

Por isso, faz questão de “agradecer a todos os que estão a trabalhar para que isto aconteça”. “É uma grande demonstração que o interior vai ultrapassar as dificuldades”, acredita.

Matrículas com grande procura

Certo é que os primeiros dias após serem conhecidos os resultados das colocações, foram marcados pela grande procura dos serviços académicos para a formalização das matrículas.
“É a primeira vez que venho. Nota-se que tem um bom ambiente e que toda a gente gosta de cooperar. Já tinha ouvido falar no IPB”, admite Sofia Carvalho, que vem de Vila Real para o curso de Desporto, a sua primeira opção.

Andreia Rocha veio de Penafiel, também para Desporto, um dos cursos que já quase esgotou as vagas. Bragança foi a segunda opção mas não ficou nada desiludida. “Achei bem ter calhado aqui. Por um lado, queria vir para cá, para longe de casa. Já tinha ouvido falar do IPB. A primeira impressão é boa e a animação agradou-me”, contou ao Mensageiro, no posto de atendimento que a Associação Académica montou. “Às 8h30 já tínhamos muita gente à espera. Quando chegam, tiram uma foto para partilhar no facebook da associação académica. As diversas associações também os recebem e ambientam-nos. É uma receção calorosa, também com as tunas”, explica Ricardo Cordeiro, o presidente dos estudantes.

A conversa com o Mensageiro é interrompida porque entretanto chega Fátima Lima. Veio de Marco de Canaveses para  Arte e Design. “Foi segunda opção. Desiludida? Não. Estou a gostar do ambiente. Já tinha ouvido falar muito do IPB. Alguns amigos meus estiveram aqui no ano passado e recomendaram, disseram que de certeza que iria gostar”, conta.

Mestrados e alunos estrangeiros dão contributo


Mas não são só os cursos de licenciatura que tiveram grande procura. “Começámos a seguir esta estratégia nos países africanos de expressão portuguesa. Só do Brasil tivemos mais de três centenas de candidaturas. De toda a América Latina, do sudeste asiático, da China, da Índia. Muitas candidaturas dos antigos países da União Soviética”, revela Sobrinho Teixeira, garantido que “há uma procura generalizada, não só nas licenciaturas mas também nos mestrados”.

Escola                                     Ano
                                               2017    2016    2015    percentagem
Escola S. de Saúde                    85        103   129      - 17%
Escola S. Agrária                        20            8     13     + 150%
Escola S. de Educação            219        159    175     + 38%
Escola S. Tecnologia                184        124    130     + 48%
Escola S. ACT                          203        129    151     + 57%
Total                                          711         523   598     + 36%

AGR/Marta Pereira
in:ndb.pt

Sem comentários:

Enviar um comentário