segunda-feira, 27 de junho de 2016

Quintanilha Rock, em Bragança, assume dimensão ibérica e passa a cobrar bilhete

O festival de verão que há 16 anos chama milhares de forasteiros à aldeia raiana de Quintanilha, em Bragança, assume este ano uma dimensão ibérica com bandas apenas portuguesas e espanholas e cobra bilhete, pela primeira vez.
 NOTA DE IMPRENSA
A praia do Colado, no rio Maças, que une Portugal e Espanha, continua a ser o "palco" deste evento que espera mais de seis mil festivaleiros, entre 07 e 09 de junho, numa zona de lazer e preservação ambiental em pleno Parque Natural de Montesinho.

O impacto ambiental foi uma das razões apontadas hoje, na apresentação pública do cartaz do festival, para a introdução de bilhetes com um custo de 10 euros para os três dias ou oito euros por dia, com campismo gratuito.
Leonor Afonso, da associação de jovens responsável pelo evento, a Articulado, explicou que se nota que "cada vez mais está a crescer o interesse por parte do público fora do distrito de Bragança, com reservas de bilhetes de pessoas que vêm do Porto".

"Queremos crescer, mas queremos crescer com cabeça, isto é: nós sabemos que temos um espaço limitado, temos de crescer à medida das condições que temos. Não podemos fazer uma coisa que depois não tenhamos condições e infraestruturas físicas para receber as pessoas", afirmou.

A organização garante que "foi difícil a decisão de, pela primeira vez, o festival ser pago", mas chegaram á conclusão de que mantê-lo de "forma gratuita é insustentável".

Um dos motivos apontado é o impacto ambiental, porque passam por ali, numa zona verde, em pleno Parque Natural de Montesinho, seis ou sete mil pessoas, o que obriga a organizar estruturas de limpeza.

Outra razão é a limitação do próprio o espaço e ainda angariar dinheiro para a associação "deixar algum contributo, fazendo parcerias com a junta de freguesia, com a Associação Protetora Amigos do Maças, no sentido de deixar alguma coisa visível para melhorar as condições de vida da comunidade".

O festival é também um momento de promoção da gastronomia regional com ofertas apenas à base dos produtos e pratos locais e assume-se, este ano, como ibérico com um cartaz constituído por 17 bandas, nove portuguesas e oito espanholas.

Os portugueses Capitão Fausto encabeçam a animação lusitana que conta também com Plus Ultra, Pista, Cave Story, Stone Dead e Galgo.

Do outro lado da fronteira chega o "surf garage" dos madrilenos The Parrots, assim como os Juventud Juché, Baywaves, Tigres Leones, Mahalo e Slien Tango.

Uma das novidades reporta-se aos concertos durante a tarde no palco instalado no lado espanhol do rio Maças, com atuações dos portugueses The Sunflowers e dos espanhóis Yawners e Sorry Kate.

A Câmara de Bragança apoia com cinco mil euros o orçamento que "anda por volta dos 30 mil euros", segundo a organização.

O presidente Hernâni Dias salientou que o município "nunca se alheia de iniciativas que visam promover o território e neste caso particular, sendo um evento ibérico, com os jovens que virão dos dois lados da fronteira, é um evento que deve merecer atenção e deve ser apoiado".

O autarca realçou que o envolvimento da Câmara "é uma forma de dinamizar a própria freguesia, ajudar a associação Articulado no desenvolvimento desta atividade, que se insere também naquilo que é a política municipal de apoio à comunidade estudantil e juvenil".

HFI // JGJ
Lusa/Fim

Sem comentários:

Enviar um comentário