segunda-feira, 28 de março de 2016

Judas ardeu em Macedo de Cavaleiros

Macedo de Cavaleiros herdou alguns bens na noite do passado sábado.
Quem os deixou foi Judas, uma das principais personagens Bíblica que marca a época, e que por ter traído Jesus Cristo, foi enforcado, e, queimado.

Mais uma das atividades que compuseram a Semana da Ressurreição e que têm como objetivo viver as passagens que marcam a história da Igreja Católica, dando-as a conhecer principalmente aos jovens, como refere Duarte Moreno, Presidente do município de Macedo de Cavaleiros.

“Tudo isto faz parte daquilo que hoje os jovens já não vêem. Pois hoje as novas tecnologias levam para outros mundos completamente diferentes destes que eram sentidos e vividos por toda a população, sobretudo pelos católicos. Estas recriações são aquilo que eram e o que ainda são em alguns países com mais tradição que o nosso e queremos mostrar, não só aos jovens, mais a todos. Isto é também uma atração turística e quem nos visita que assim tem também motivos para ver, estar e voltar.”

Uma tradição que em outros tempos era costume no concelho e que voltou novamente a ser recriada este ano. O Prado de Cavaleiros manteve-se como palco mas encontram-se algumas diferenças, acrescenta o autarca.

“O boneco era diferente, assim como o fogo de artifício, que era colocado dentro do Judas, para queimar e rebentar, literalmente, a figura.

Era feito com giestas. Era um boneco muito mal-feito, porque o Judas queria-se feio e tenebroso. Era daquilo que as pessoas gostavam. Quando eu era criança, metia medo, mesmo.”

Na organização estiveram a Câmara Municipal e a Associação dos Jovens Artistas Macedenses (AJAM), esta última representada pelo encenador Acácio Pradinhos, ele que no sábado foi também o tabelião.

“Existem vários exemplo, na internet, do testamento do Judas. Fiz algumas adaptações, e correu muito bem.

No fundo, o que se pretende é envolver toda a cidade numa festa. Tem muito a ver com a fé, e a religião cristã, com esta figura que vendeu Jesus Cristo por 30 dinheiros, vai ser executado. É um momento de fantasia e de vingança, que representa uma passagem da bíblia.”

Uma tradição que antecedeu o domingo de Páscoa, e que promete continuar nos próximos anos.

Escrito por ONDA LIVRE

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