quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Ainda falta um professor no Agrupamento de Escolas de Freixo

Praticamente no final do primeiro período, o Agrupamento de Escolas de Freixo de Espada à Cinta ainda está à espera que seja colocado um professor de Francês.
Aqui os docentes chegaram a conta gotas, diz a directora do Agrupamento, muitos deles só foram colocados um mês depois de começarem as aulas.
Albertina Parra assegura que só há cerca de 15 dias é que a escola começou a funcionar em pleno e tem dúvidas se vai conseguir remediar o prejuízo para os alunos do atraso na colocação de professores. “Eu hoje ainda tenho um professor que não consegui colocar. Eu não sei se vamos conseguir reparar este problema, que foi um problema causado pelo Ministério da Educação, eu não sei se vamos conseguir, nós vamos tentar numa primeira fase internamente com outros recursos de professores que têm outras horas atribuídas a outras funções e que já estão a ser canalizadas para reforçar o tempo curricular das disciplinas em atraso e numa segunda fase solicitámos autorização para poder atribuir uma hora extraordinária a um professor de Matemática e poder fazer um reforço no crédito horário”, realça a directora.
Freixo é uma das escola denominadas TEIP- Territórios Educativos de Intervenção Prioritária, que em termos de resultados estão sob o olhar atento da Direcção Geral da Educação. 
Albertina Parra lamenta que estes estabelecimentos de ensino tenham sido os mais prejudicados na colocação de professores. “São escolas que estão sob o olhar atento da Direcção Geral de Educação (DGE), porque não é um problema só da escola mas também tem a ver com as características sociais do meio onde a escola está inserida. Estas escolas são prioritárias e deviam ser efectivamente prioritárias e fomos as escolas no País todo mais desprezadas na colocação de professores. Eu passado um mês das aulas começarem ainda me faltavam nove professores, e estou a falar de disciplinas como Matemática, História, Inglês”, salienta Albertina Parra.
Os cortes no orçamento são outra das dificuldades com que se depara a directora do Agrupamento de Escolas de Freixo. Albertina Parra diz mesmo que se não fosse o financiamento europeu, o Agrupamento nem dinheiro tinha para fotocópias. “nós perdemos oito mil euros, é muito dinheiro. E se não fosse o facto de nós sermos TEIP intervencionados e apoiados por fundos comunitários pelo POPH, nós não tínhamos conseguido fazer muitas coisas que fizemos”, sublinha a directora do Agrupamento de Freixo.
A diminuição do número de alunos, a oferta educativa e a diferença de oportunidades dos alunos que frequentam o Agrupamento mais distante da capital de distrito são temas abordados por Albertina Parra no Cinco Perguntas desta semana, que pode ouvir hoje aqui na Brigantia depois das notícias das cinco da tarde.

Escrito por Brigantia

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