terça-feira, 30 de setembro de 2014

Sem mão-de-obra nacional, são os estrangeiros que vindimam o Douro

Centenas de imigrantes da Bulgária, Roménia, Cazaquistão, entre outros países, povoam por estes dias de vindima os concelhos da Região Demarcada do Douro.

Vêm por que o despovoamento galopante de Trás-os-Montes e Alto Douro deixa a região sem mão-de-obra local.

Os viticultores não têm outro remédio senão recorrer aos estrangeiros, e é se não querem deixar as uvas nas videiras.

Elia Christev é búlgaro, leva em Portugal os últimos cinco dos seus 44 anos de idade, e quando a oferta de trabalho aumenta é ele que faz chegar cá mais 40 compatriotas, sobretudo familiares.

De acordo com Elia, os búlgaros procuram trabalho em Portugal devido à crise de emprego no seu país:

Para arranjar mais mão-de-obra nacional, há viticultores a defender que o Governo crie mecanismos para que os desempregados, nomeadamente das grandes cidades, possam trabalhar e ganhar dinheiro na época das colheitas.

Para o efeito, devia arranjar alojamento nos quartéis militares, ou por exemplo na Escola Agrícola de Carvalhais, em Mirandela, garantindo comodidade enquanto estivessem deslocados. Ao mesmo tempo que ganhavam dinheiro, o Estado poupava nas prestações sociais que lhes paga.

E até há quem ache que devia haver mudanças no calendário escolar para quem vive em zonas de colheitas sazonais, de forma que toda a mão de obra familiar pudesse ser melhor aproveitada, bem como proibir cursos de formação com remuneração em altura de colheitas, pois muita gente prefere ir para lá do que ir à vindima.

Informação CIR (Rádio Ansiães)

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