sexta-feira, 30 de maio de 2014

Caviar de cereja entre os aperitivos da festa em Alfândega da Fé

Um caviar de cereja, compotas com cálcio ou um chupa-chupa dietético são alguns das novidades que será possível provar na Festa da Cereja de Alfândega da Fé, no fim de semana de 06 a 08 de junho.
Reinventar o tradicional e inovar é aposta do município, em colaboração com produtores e empresários locais, que este ano decidiu "abrir o apetite" a potenciais visitantes com a divulgação do certame numa ação de rua hoje, em Bragança e que seguirá para Mirandela e Vila Real, como adiantou a autarca Berta Nunes.
Quem foi passando na Praça da Sé, em Bragança, teve hoje a oportunidade de degustar as cerejas que fazem a festa anual e produtos derivados com algumas inovações associadas a outros produtos locais, como o caviar de cereja para consumir com requeijão de amêndoa sem lactose ou glúten, e que será a novidade da festa, em junho.
A nova iguaria tem o toque do 'chef' António Mauritti, um "novo povoador", que há meio ano decidiu trocar o litoral por Alfândega da Fé e está a trabalhar com produtores, restaurantes e autarquia locais na recuperação e reinvenção de receitas tradicionais à base do que é da terra.
Entre as novidades que estarão disponíveis na festa da cereja contam-se um azeite para barrara, inspirada nas antigas torradas de azeite, pasta de amêndoa, compotas com cálcio e um chupa-chupa "que faz bem aos dentes, feito com açúcar alcalino que combate a placa bacteriana e não é absorvido pelo organismo, portanto compatível com diabéticos".
Novas geleias de cereja com rosas, zimbro ou ervas aromáticas são algumas experimentações que estarão também disponíveis.
A cereja é a rainha da festa e, apesar do ano com pouca quantidade, a festa promete "qualidade com calibres bons e doces", como garantiu Eduardo Tavares, o presidente da Cooperativa Agrícola de Alfândega da Fé, que tem 15 toneladas prontas para vender na feira.
Nos pomares do concelho deverão ser apanhadas nesta campanha cerca de 50 toneladas de cereja, metade da capacidade instalada, e sem preocupações de escoamento, já que todo o fruto é vendido por encomenda, sem necessidade de "entrar nas grandes superfícies", de acordo ainda com o dirigente.
A cereja tornou-se na imagem de marca de Alfândega da Fé por ter sido um dos primeiros concelho de Portugal a produzir este fruto que representa um volume de negócios anual "entre os 100 mil e o 200 mil euros", com um preço médio pago ao produto de "um a dois euros", valores muito inferiores a outros produtos locais, nomeadamente os três milhões garantidos pelo azeite.
Ainda assim a cereja continua a ser um símbolo e a autarquia local está apostada conseguir classificar este fruto como DOP (Denominação de Origem Protegida).
Esta proteção atribuída pela União Europeia seria, para município, como "um impulso para o reconhecimento e valorização de outros produtos, exclusivos do concelho, como é o caso da doçaria típica, nomeadamente os Rochedos e os Barquinhos", que também aspiram a esta denominação.

HFI // JGJ
Lusa/fim

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