sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

CIM contesta reestruturação da saúde junto do Governo

A Comunidade Intermunicipal Terras de Trás-os-Montes vai enviar um documento ao ministro da Saúde a contestar o encerramento e reestruturação dos serviços de Saúde no distrito de Bragança. O presidente da CIM garante que os autarcas estão contra a concentração das análises na Unidade Local de Saúde do Nordeste.
Américo Pereira assegura que o alargamento da internalização deste serviço a todo o distrito põe em risco cerca de 100 postos de trabalho. “O que é certo é que este governo continua a querer encerrar serviços. 
A questão da interiorização das análises clínicas é outro facto revelador desta política de encerramento dos serviços na área da Saúde. Querem que todas a análises passem a ser feitos nos Centros de Saúde pelos técnicos do Ministério da Saúde, mas serão feitas por alguém que se desloca de Bragança aos Centros de Saúde fazer essa recolha e depois o seu transporte para Bragança. Isto está em causa entre 80 a 100 postos de trabalho em toda a região”, alerta o presidente da CIM. 
Para o presidente da CIM, esta medida põe sobretudo em causa a qualidade dos serviços prestados às populações. “Está fundamentalmente em causa o bem-estar das populações e os cuidados de saúde às populações, porque não é possível um centro de Saúde numa sede de concelho conseguir numa única manhã e em tempo razoável todas as colheitas de sangue, porque se assim fosse também os laboratórios não estavam instalados mais do que um, por isso se há vários laboratórios a operar nesses concelhos e alguns até vão às aldeias, é porque há procura e só assim é que se pode servir bem as populações”, defende Américo Pereira. 
A manutenção da Urgência Básica de Macedo de Cavaleiros e da Urgência Médico-Cirúrgica em Mirandela também é defendida pelos municípios de integram a CIM de Trás-os-Montes. O presidente da Câmara de Mirandela, António Branco, garante que os autarcas querem o aumento do financiamento para a ULS do Nordeste, para que possa manter os serviços de Saúde. “É defender que a nossa ULS tem que ter uma capitação, isto é um financiamento por pessoa, exactamente igual, por pessoa, à ULS do Alentejo. Defendemos também de forma intransigente daquilo que são os protocolos, tal como acontece com o helicóptero, e em relação à Urgência Médico-cirúrgica temos uma acção em Tribunal, que já foi considerada eficaz, que tem estado a decorrer que esperamos que brevemente seja marcada a respectiva audiência para termos uma resposta definitiva e vamos continuar a lutar recorrendo a todos os meios pela manutenção da Urgência”, afirma o autarca. 
Os autarcas transmontanos vão enviar ao governo um documento para tentar travar o encerramento de serviços de Saúde no distrito de Bragança. 

Escrito por Brigantia

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