terça-feira, 26 de novembro de 2013

Torre de Moncorvo recria partidela da amêndoa

O Museu do Ferro, em Torre de Moncorvo, reavivou a “partidela da amêndoa”, uma actividade agrícola do Douro Superior, há muito em desuso. 
Um cubo de granito é uma dura almofada para uma pequena amêndoa, que "vê" cair-lhe em cima uma barra de ferro, à força da mão de homens e mulheres. A casca não resiste, parte-se e salta o grão - a parte que realmente compensa. 
Assim se recordou esta tradição em Torre de Moncorvo, este sábado. Há muito que as máquinas substituíram os chamados “malhadouros” na “partidela”, ou como dizem os bons transmontanos, na “escacha” da amêndoa. Dezenas de pessoas, novas e velhas, reuniram-se à volta das mesas, numa sala do Museu do Ferro, para participar numa actividade que, sendo nova para uns, serve para matar alguma saudade aos outros. Sim, que o trabalho também deixa saudades. Sobretudo quando faz lembrar que ali se arranjaram bons namoricos.
O objectivo desta “X Partidela Tradicional da Amêndoa” é proporcionar um momento de confraternização e recriar a tradição que muitas vezes preenchia o serão, com a ajuda de amigos e familiares, como conta à Rádio Brigantia, a vereadora da Câmara Municipal de Moncorvo.
A animação esteve a cargo da Tuna Lusa e do Grupo de Teatro Alma de Ferro. Como manda a tradição, no final serviu-se uma merenda com produtos regionais, onde a doçaria tradicional de amêndoa deliciou os presentes.

Escrito por Brigantia

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