quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Alheira de Mirandela "rainha" durante um mês em Trás-os-Montes e no Porto


A Alheira de Mirandela, uma das Sete Maravilhas da Gastronomia Portuguesa, vai estar em destaque durante um mês numa feira que terá uma extensão no Porto e que levará ao consumidor um dos mais conhecidos enchidos e a culinária a eles associada.
O edifício da Alfândega, na zona ribeirinha do Porto, será durante três dias, entre sexta e domingo, "a embaixada temporária das melhores tradições transmontanas, patentes neste produto certificado e também na diversidade gastronómica regional, representada por vários restaurantes, divulgou hoje a autarquia de Mirandela.
O propósito é dar "a conhecer a um público urbano as raízes e saberes de uma região que desperta cada vez mais interesse", e que tem na Alheira de Mirandela "um dos produtos tradicionais mais apreciados pelos portugueses, que a declararam vencedora das Sete Maravilhas da Gastronomia Portuguesa".
A feira prossegue mais tarde, nos fins de semana de 24 e 25 de fevereiro e de 02 e 03 de março, no Parque do Império de Mirandela, onde, além da venda e degustação da alheira e da presença de vários produtores, se vai realizar uma mostra de produtos e artesanato regionais e animação.
A história deste enchido terá mais de cinco séculos, segundo os responsáveis locais, e assume-se na atualidade como um dos produtos regionais com maior peso económico na região Norte.
Segundo dados divulgados recentemente à Lusa pela Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte, a alheira de Mirandela representa "um negócio de 30 milhões de euros por ano", só no concelho transmontano de origem.
O negócio deste enchido certificado movimenta mais dinheiro apenas no concelho de Mirandela do que os 27 milhões de euros gerados, no ano de 2011, pelo azeite de todo o Trás-os-Montes, a segunda região com maior produção em Portugal, a seguir ao Alentejo.
Do Minho a Trás-os-Montes existem quase 40 produtos regionais da área agroalimentar distinguidos pela União Europeia com certificado de qualidade, que movimentam valores "na ordem dos 200 milhões de euros anualmente" na região Norte, segundo a fonte.

HFI // JGJ.
Lusa

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