segunda-feira, 23 de abril de 2012

Freixo de Espada à Cinta: Concelho é injustiçado por estar integrado numa área protegida - autarca

O presidente da Câmara de Freixo de Espada à Cinta considerou hoje que o concelho é injustiçado e sofre consequências negativas para a sua economia por integrar a área protegida do Parque Natural do Douro Internacional (PNDI).
"O meu concelho é injustiçado porque estamos na área do PNDI. Esperávamos grandes contrapartidas por esse facto mas com o passar do tempo verificámos que tal nunca a aconteceu, apenas restrições e mais restrições que impedem o avanço económico, acrescentou José Santos.
Segundo o autarca, o turismo não aumentou pelo facto de o concelho estar inserido numa área protegida e o que tem aumentado são as obrigações da população por estarem numa zona classificada do ponto de vista ambiental.
"Nós estamos no concelho onde não podemos e nem é permitido, explorar a energia eólica ou fotovoltaica por estarmos inseridos no PNDI. Só a receita resultante da exploração destas fontes de energia limpa poderia ajudar e em muito a economia local", disse.
O autarca aponta outras causas que poderão justificar algum atraso no concelho, ao acrescentar que as duas barragens implantadas na área de Freixo de Espada à Cinta são exploradas pela elétrica espanhola Iberdrola, não havendo daí retorno económico.
"Estamos situados numa área do Douro Internacional onde estão situadas duas importantes barragens [Saucellhe e Aladeia de Ávila], sendo as mesmas à data, negociadas pelos respetivos governos ibéricos, mas sem contrapartidas económicas para os locais", frisou o autarca.
Santos disse ainda, que há municípios vizinhos que recebem importantes contrapartidas financeiras por parte da EDP por terem barragens nos seus concelhos e que a Freixo de Espada à Cinta " tinham logo que calhar dois empreendimentos hidrelétricos espanhóis".
Por outro lado, o responsável acrescenta que pelo facto de o concelho estar inserido em duas albufeiras espanholas o caudal do rio não é regular, o que trás alguns condicionalismos no campo turístico, apontado como exemplo os cruzeiros fluviais que se fazem na zona.

in:rba.pt

1 comentário:

  1. Polémico e a necessitar de uma análise profunda. Tudo na vida tem os seus prós e contras.

    Tabém é verdade que nós temos barragens coonstruídas no Douro Internacional e não sei se os Espanhóis recebem contrapartidas.

    Por outro lado, não esperemos tudo do estado.
    Para além daquilo que nos é devido, o resto do trabalho terá que ser feito por nós.

    As iniciativas locais poderão trazer turistas à região, mas é preciso fazer alguma coisa, é preciso investir em várias vertentes.

    Vamos exigir as infra estruturas que o estado deve fazer, vamos reinvindicar os nossos direitos, mas vamos também fazer os investimentos de quem quer tirar o lucro da vinda de turistas. Restaurantes, casas de turismo e outras iniciativas que possam fazer com que venham e fiquem alguns dias.

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