quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Distrito de Bragança esteve a meio gás no Carnaval apesar de não haver tolerância

Feira no dia de  Carnaval
Ontem, foi dia de Carnaval e, pela primeira vez em 19 anos, não houve tolerância de ponto. Mas, mesmo assim, no distrito de Bragança, muitos serviços estiveram afectados. Em Bragança, o dia 21 de Fevereiro amanheceu solarengo. Pouco antes das oito da manhã, o avião partiu normalmente em direcção a Lisboa. Os transportes urbanos também saíram normalmente, como em qualquer dia da semana. Um dia que deveria ser mais agitado do que o costume, em Bragança, por ser dia de feira. Mas, afinal não foi bem assim.
  “Não vim fazer nada”, dizia, entre gargalhadas Adolfo Diz, de Vinhais, que queria ir ao mecânico mas encontrou-o fechado. Quanto à feira, Maria Augusta diz que está “calma”. Já Antónia Miranda diz que “está muito fraquinha”.
Uma impressão confirmada pelos próprios feirantes, que ontem estavam em menor número em Bragança.
“Está fraquinha, em termos de clientes e também vendedores”, diz Jorge Fabião, vendedor de tractores. Já Maria do Rosário garante que está mais fraco porque “está tudo fechado e está frio”. Por sua vez, Augusto Lopes diz que “está fraquinho porque a Câmara também não deu tolerância de ponto”. Diz que fez “menos de metade” do que o normal. Já Alberto Dias deixou o Carnaval de Podence para vir à feira porque “é preciso trabalhar”, mas o negócio esteve “fraco”.
De facto, a câmara de Bragança foi uma das seis do distrito que não deu tolerância, tal como as de Mirandela, Mogadouro, Freixo de Espada à Cinta, Vila Flor e Torre de Moncorvo.

 Já em Macedo de Cavaleiros, Vinhais, Alfândega da Fé, Miranda do Douro, Vimioso e Carrazeda de Ansiães não se trabalhou na autarquia, se bem que nesta última a tolerância foi apenas à tarde.
Mas também houve serviços que não funcionaram, como os CTT.

Paulo Exposto tem um quiosque bem em frente à estação dos CTT de Bragança e viu muitos baterem com o nariz na porta. Reconhece que o movimento está muito mais fraco. “Há menos, porque as pessoas sabem que os correios e os bancos estão fechados e não vêm ao centro”, diz.
Mais à frente, o tribunal de Bragança também registava menos movimento.

 Lá dentro, os funcionários cumpriam horário normalmente, mas com muito menos serviço. No primeiro andar, decorria apenas um julgamento, o único marcado ontem.
Joaquim Machado veio de propósito da aldeia de Varge para participar.

 “Já estava marcado para o dia de hoje. Mas há menos gente nas ruas. Vim de carro e estacionei à vontade.”
De facto, durante a manhã foi bem mais fácil estacionar na cidade de Bragança. É que se o município não deu tolerância de ponto aos seus funcionários, o mesmo não aconteceu com os parquímetros, que estiveram em modo feriado grande parte da manhã.

 Sempre que se metia a moeda, ela vinha devolvida.Ao início da tarde, no entanto, o gabinete de comunicação da autarquia anunciava que “a avaria tinha sido reparada”.
Já nas Finanças, por exemplo, ao final da manhã tinham sido atendidas 27 pessoas quando o normal seria mais do dobro, garantem os funcionários.

 Nos bancos é que nem isso. Estiveram todos fechados.
Nas escolas o feriado, ou falta dele, não foi sentido, porque já estava prevista uma paragem lectiva por estes dias. 


Escrito por Brigantia (CIR)
in:brigantia.pt

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