quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Menos uvas mas bom vinho em Macedo de Cavaleiros

Houve uma quebra na produção vitícola no concelho de Macedo de Cavaleiros.Este ano são menos as toneladas de uvas que vão dar entrada na Cooperativa Agrícola.A culpa, dizem os produtores, está no tempo frio de Agosto e nos dias quentes de Setembro. Ontem foi o primeiro dia de entregas na Cooperativa macedense. A fila para a entrega das uvas colhidas pelos sócios da Cooperativa Agrícola de Macedo de Cavaleiros começava à porta da cooperativa e estendia-se por toda a avenida do Sal. 
Dezenas de tractores e de carrinhas de caixa aberta carregados com toneladas de uvas esperavam pela pesagem e pela entrega do produto. De um modo geral fala-se numa quebra na produção entre os 30 e os 50%.
“A vindima correu mais ou menos bem mas com o calor as uvas ficaram muito danificadas. Estão muito secas”, refere Ramiro Augusto Medeiros, produtor de Vale Benfeito, que entregou cerca de dois mil e quinhentos quilos.
A este, junta-se João Teixeira, de Vilarinho de Agrochão. A produção foi menor, mas as uvas são de qualidade.
“Este ano correu mais ou menos. A produção é menos do que no ano passado. As uvas estão mais ou menos boas. Se tem chovido em Junho tinha sido melhor. E as uvas devem ter uma graduação fantástica”, sublinha.

Este produtor defende que a cooperativa comece a receber as uvas mais cedo, sobretudo dos produtores da zona mais quente do município, junto ao concelho de Mirandela.
“Na nossa zona, em Vilarinho de Agrochão, podia ser uma semana mais cedo, porque as uvas amadureceram mais cedo. Ainda fizemos a proposta mas disseram que não. Mas a culpa é dos sócios”, frisa.
João Teixeira adverte que praticamente já não compensa trabalhar a vinha. O pagamento é tardio e pouco para o trabalho que dá. Este produtor nem agoura grande futuro para as cooperativas da região.

Muitos produtores à porta da Cooperativa Agrícola de Macedo de Cavaleiros para entregar as uvas, que serão transformadas em vinho. Conformados com a quebra na produção, só esperam que as portas da instituição se vão mantendo abertas para receber as colheitas dos próximos anos.
Escrito por CIR

in:brigantia.pt

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